segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Passarinhando no Zizo

Aproveitando o feriadão fomos até o parque do Zizo passar alguns dias. Foi uma excursão espetacular, com diversas novas espécies observadas. A lista final ainda está sendo elaborada, mas alguns participantes avistaram até 5 "primus" – expressão escolhida para designar uma espécie avistada pela primeira vez na vida, (lifer) por um observador. Além disso diversos novos registros para a área foram feitos e em breve uma lista atualizada será publicada.


Exemplo disso foi essa Sporophila hypoxantha – caboclinho rosa –, que causou uma grande surpresa a todos ao ser avistada. Espécie migratória, passou somente por um dia no Zizo e seguiu viagem rumo ao Sul do país. Enquanto isso Colonia colonus – a viuvinha – mantinha seu posto permanente, somente saindo para catar uma mosquinha e voltar ao puleiro.



Sempre bem recebidos pelos incansáveis Chico e Jorge encontramos por lá, nesse fim de semana, o Jeremy Minns e Arthur Grosset em viagem pelos destinos de observação do Brasil. Outra presença importante foi a guia e consultora turística Fernanda Melo, que faz uma imersão de 3 semanas na mata atlântica. Foi fascinante a troca de informações e o espirito colaborativo de todos que ali estavam, contribuindo nas identificações e observações. Na foto abaixo, o grupo reunido no mirante do Pq do Zizo.


Um comentário:

  1. Oi Guto:
    "Relembrar é viver duas vezes". O Zizo é um dos lugares que chamo de "lugar mágico". Espero um dia saber explicar o que é isso. Você resumiu muito bem nossa estadia lá. Alguns de nossos "primus" e as presenças humanas também muito interessantes que encontramos lá (sobre cada uma delas daria para discorrer um bom trecho). Foi muito bom conhecer melhor a Fernanda, primeiro porque uma presença feminina sempre é muito bem vinda numa atividade que ainda parece ser de interesse predominante de homens, segundo porque ela é realmente muito profissional e foi bom aprender um pouco com ela, desde sua disciplina no caminhar pelas trilhas num compasso adequado a essa prática, passando pela investigação metódica de um check-list prévio da área, bem como a humildade de pedir segundas opiniões para uma identificação, até sua disposição de procurar com insistência nos guias de campo uma ave observada com poucos detalhes, até encontrar lá sua correta identificação.

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