segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Notícias de Itereí

Avistei ao entardecer um Leucopternis adulto, em 30/07/2007 no topo do caminho do Morro Grande em Iterei. Fica a dúvida entre o lacernulata e o polionota. Muito embora, tenhamos vários registros do lacernulata, o porte desta poderia indicar para o outro. A ave de grande porte voava quando eu subia o morro de carro. Ela pousou numa galhada seca na beira. O gavião esperou, ficou de peitão branco, curiosamente me olhando por mais de 3 minutos. Finalmente , desistiu e foi-se embora. Belíssimo. Vôo majestoso: asas com aproximadamente dois braços de envergadura.


Além disso, no início da semana liberamos um beija-flor adulto, bem pequenino que entrou dentro da casa grande.


Outras aves que encontrei foi a saíra-capitão em bando, que tão
entretidas estavam alimentando-se de alguma coisa na borda da floresta, que pastavam tranquilamente a 30 cm de mim, sem absolutamente se importarem com minha presença - destaco que nesta ocasião estava vestida de verde bandeira.


Avistei também, perto do caminho às Marimbas, um saí-da-perna-preta, neste local os urus continuam piando e as saracuras comendo bananas.


Estão presentes também no momento na meia encosta das rugas das montanhas entre o morro grande e a guarita, um bando de macacos que assoviam - contudo, não
sabemos identificá-los (desde já, fica o convite para quem se interessar na identificação e estudos).


Continua habitando o lago Ramos, uma enorme jararacussu, no mesmo local, e tão
grande quanto a que há dez anos atrás foi aí capturada na presença da Profa. Alma Hoge , pelo Crispim Soares e pelo Ramos , aquela jararacussu prenha, levada por nós doada ao Butantan, que deu uma ninhada de 42 filhotes, tendo 38 sobrevivido, e possibilitado estudos importantes e co-publicados pela Dra. Fátima Furtado.


Fizemos um registro de algumas florações da época, em que também a canjerana e o limão cravo frutificam.


Mas, o maior destaque é para um conjunto de três galhas da "erva de passarinho" externamente com um diâmetro de 1,5 cm, marrom, abrigando cada uma delas colônia de bichos: vermes vivamente alaranjados.


Uma destas galhas estou encaminhando para o Depto. de Botânica da USP, para estudos. Na esperança de obter o mesmo sucesso que a galha da Tibuchina pulchra encaminhada por nós dez anos atrás, motivando os pesquisadores do IBUSP a realizarem várias coletas científicas desta galha em Iterei , tendo decorrido a identificação, a descrição da mesma e as sucessivas publicações acadêmicas orientadas e/ou co-produzidas pela Dras. Jane Krause, Nanuza Menezes e Dr. e Dra. Salatino. 




Texto: Léa Corrêa Pinto.
Fotos: Gabriel Asa Corrêa Gruberger.

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