quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
UM VISITANTE ILUSTRE NA REPRESA DE GUARAPIRANGA
domingo, 3 de dezembro de 2006
AVES NAS ALTURAS
domingo, 26 de novembro de 2006
Aves da Mata Atlântica
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
Feriado Finados 2006/ ITEREI
O Noé voltou e continua colecionando suas sementes neste verão, gosta especialmente das redondinhas e as deixa sempre no mesmo janelão do morro grande, que vem utilizando nestes últimos 4 anos! ( tenho guardado as sementes para futuros estudos!).
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Passarinhando no Zizo
domingo, 29 de outubro de 2006
"Todas as Aves de Ubatuba"
Recentente a June filmou em Ubatuba o que tudo indica ser a fêmea de Tangara preciosa, que seria então a quadragésima septuagésima sétima espécie para o município. Pedimos a colaboração de todos na confirmação dessa identificação e, principalmente, em sua diferenciação, caso possível pela qualidade do quadro de filme, de Tangara peruviana.
domingo, 22 de outubro de 2006
"Berços da Vida" no Vale do Ribeira
Um congestionamento na Régis Bittencourt nos fez optar por uma parada para o almoço num clube de campo às margens da represa do França, onde pudemos presenciar, numa feliz casualidade, a eclosão de um filhote de chopim, Molothrus bonariensis, num ninho de tico-tico, Zonotrichia capensis.
Ninho de tico-tico numa touceira de citronela. No primeiro plano, um ovo do tico que, certamente, a chopinha jogou para fora.
A tica esperou pacientemente, a pouca distância de nós, talvez com a mesma paciência com que espera seu ninho ser desocupado pela chopinha, que terminássemos nosso trabalho cinematográfico.
O chopinzinho esforçando-se para afastar as duas partes da casca do ovo. Quando ali voltamos, uns 30 minutos após, a tica já havia retirado do ninhoessas cascas de ovo.
Nesse mesmo local pudemos presenciar outros dois interessantes "berços da vida". Na terra praticamente nua da margem da represa, apenas recoberta com alguns gravetos e folhas secas, um ninho de quero-quero, Vanellus chilensis, com quatro ovos, filmado e fotografado sob os
enérgicos protestos de seus legítimos donos.
O Sr. (ou Sra.?) quero-quero, ameaçando o fotógrafo com seus esporões.
E, sobre uma parede da entrada do sanitário de um galpão usado como salão de festas, o ninho do sabiá-barranco, Turdus leucomelas. Na base do ninho, onde a ave usou alguns materiais vegetais ainda vivos, umas plantinhas ainda vicejavam.
Na estrada de Juquiá a Sete-Barras, resolvemos entrar por uma estrada de terra colateral, no sentido da serra, por pura curiosidade e foi muito providencial essa escolha, pois fomos muito bem recebidos pelo Sr. José, proprietário de um laticínio de leite de búfalas. Na varanda da casa dele pudemos observar um ninho do andorinhão-tesoura, Panyptila cayennesis. Vimos a ave entrando e saindo do ninho, e voando em direção à mata, um tanto distante dali. Segundo o Sr. José a ave reutilizava o ninho anos seguidos, fazendo, quando necessária, uma pequena reforma em sua borda inferior.
Neste mesmo teto de varanda, uma corruíra, Troglodytes musculus, fez o ninho sobre uma luminária. Por conta disto, disse-nos o Sr. José, essa lâmpada teve que permanecer sem ser acesa. Não foi também a primeira vez que isso aconteceu e da outra vez o Sr. José aguardou a ave abandonar o ninho para fazer uma boa limpeza na luminária antes de acender a lâmpada.
A corruíra, com um aracnídeo no bico, para trazer para a prole.
Também nessa localidade, observamos uma inusitada concentração de sete espécies de
andorinhas: andorinha-do-rio, Tachycineta albiventer, andorinha-do-campo, Progne tapera, andorinha-doméstica-grande, Progne chalybea, andorinha-pequena-de-casa, Pygochelidon cyanoleuca, andorinha-serradora, Stelgidopteryx ruficollis, andorinha-de-bando, Hirudo rustica e andorinha-de-dorso-acanelado, Petrochelidon pyrrhonota! Será um novo recorde?
Logo no início da estrada Sete Barras - Eldorado, uma parada na beira de um banhado e uma grata surpresa: alguns frangos-d'água-azuis, Porphyrio martinica, de extrema mansidão, vinham à beira da água, no quintal de uma casa, comer restos de comida ali deixados para eles pelos moradores. Um desses chegou a seguir o morador, quando esse foi ao local com a vasilha de
comida.
Mais à frente, nova parada para observar e fotografar o tiê-tinga, Cissopis leverianus, elegantemente pousado num pendão.
No PETAR visitamos a Caverna do Diabo, onde nosso interessado guia nos revelou que no final do ano ali entram andorinhões (provavelmente o andorinhão-de-coleira, Streptoprocne zonaris), para nidificar. Também nos ensinou alguns nomes locais para as aves, como o "pretão"
atribuído ao ferro-velho, Euphonia pectoralis.
Juntos com nosso guia, numa dos salões da caverna.
No entorno da entrada da Caverna do Diabo ainda vimos, entre outras, o capitão-de-saíra, Attila rufus e o surucuá-grande-de-barriga-amarela, Trogon viridis.
Visitamos também o núcleo Santana do PETAR, já na subida da serra, onde, no último minuto, ainda paramos para assistir a um belo recital da araponga, Procnias nudicollis, sem dúvida uma fortíssima candidata ao título de "Voz do PETAR".
Fotos: Gilberto Lima
sábado, 14 de outubro de 2006
Turdus rufiventris arlequim
terça-feira, 3 de outubro de 2006
Papagaios cidadãos
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Aves e chuva na Fazenda Guaxinduva
As três garças "brancas" estavam lá presentes:
Garça-branca-grande, Ardea alba |
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
Aves no Tietê, Beija-flores e Arte em Mogi-das-Cruzes
Carão, Aramus guarauna. |
Para quem não conhece, também um bom lugar para ver de perto e distinguir as duas lavadeiras-mascaradas, a "verdadeira" e a de-cara-branca. Também anatídeos menos comuns por aqui, como a marreca-toicinho, Anas bahamensis.
Alguns maçaricos, muito tímidos, podem ser vistos lá a uma boa distância, já que a gente fica meio escondido atrás da vegetação que orla a estrada à beira dos bancos de areia do rio Tietê. Surpreendeu-nos um bando de carretões, Agelasticus cyanopus, na parte baixa de uma vegetação arbórea ao lado de um dos lagos, por ser ave sempre vista no meio do taboal ou capinzais.
terça-feira, 26 de setembro de 2006
Mini-curso de Introdução à Prática de Observação de Aves
O mini-curso foi realizado nos dias 16 e 17 de setembro, no Parque Estadual de Dois Irmãos (onde se localiza o zoológico do Recife).
No primeiro dia foi realizada a aula teórica, onde foram abordados temas como a história da Ornitologia no Brasil, as metodologias aplicadas na observação de aves, a etnoornitologia, as contribuições da OAP para a Ornitologia brasileira, etc.
As espécies mais comuns e os cantos de algumas espécies foram mostradas no final da aula.
No dia seguinte, os observadores tiveram a prática de campo, onde em primeiro plano, foram feitas apenas observações diretas. Depois do contato visual, partimos para o contato auditivo, onde percorremos diversas trilhas no Parque Dois Irmãos, que é uma reserva de Floresta Atlântica. Daí, os alunos viram a importância em se conhecer as vozes das aves em ambientes florestais.
Muitos dos participantes ficaram bastante felizes ao ver espécies como o soldadinho (Pipra rubrocapilla), o dançarino (Chiroxiphia pareola), a rendeira (Manacus manacus) e o pica-pau-de-asa-vermelha (Veniliornis affinis).
Conseguimos com este curso, obter resultados valiosos, que foi o de incorporar nas pessoas o prazer em se observar as aves na natureza, e esperamos poder futuramente, realizar mais eventos deste porte.
Glauco Pereira
Observadores de Aves de Pernambuco
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Bichos esquisitos no jardim das aves
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
Hora do banho
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
Onças e marias-leque na Casa de Pedra
Um dos lagos artificiais |
Área aberta |
Detectamos em torno de 110 espécies de aves, algumas ainda em fase de identificação com base em vozes gravadas.
Yara |
Yara, um dos membros da família dos proprietários da área, demonstra grande amor pela Casa de Pedra, certamente pela historia familiar que ela representa, mas também por ser grande admiradora da natureza.
Numa de nossas andanças, contamos com a companhia do Juca, antigo morador local, grande conhecedor das plantas e bichos do lugar e com um extraordinário senso de localização dentro da mata, um GPS de carne e osso!
Juca |
Rodrigo |
Hora do descanso |
De fato, quantos jovens como Rodrigo devem existir por aí, com um grande interesse e potencial para observar aves, faltando a eles apenas essa pequena ajuda inicial: um binóculo, um guia de campo e a disposição de vez por outra dar uma orientação de como prosseguir com o aprendizado de campo.
Visitamos uma área de grande beleza, próxima do Morro do Cachorro, onde a mata se mostra com toda sua exuberância.
quarta-feira, 13 de setembro de 2006
Nova espécie de ave descoberta na Índia
O jornal "The Hindu" explica que a população da ave, localizada na reserva de Eaglenest, seja de apenas 14 exemplares, entre eles pelo menos três casais.
A plumagem desta ave tem diferentes tons de verde-oliva, com uma camada negra e círculos amarelos ao redor dos olhos. Suas asas têm manchas amarelas, vermelhas, pretas e brancas, e a parte baixa de sua cauda tem marcas vermelhas.
O ornitólogo Ramana Athreya, membro da Sociedade de Mumbai de História Natural, batizou o pássaro com o nome de uma das tribos do estado, a Bugun.
Segundo outro ornitólogo, Aasheesh Pittie, editor do livro "Birds of India", "a descoberta de um novo pássaro é muito especial, mas quando se trata de uma espécie tão bela e sem familiares geograficamente próximos, em uma parte do mundo onde os ornitólogos estão há mais de um século observando as aves, isso é quase um milagre".
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Estivemos em Itereí
Saíra-militar. |
Os casarões, um tanto rústicos, mas muito acolhedores, com fogões de lenha e com possibilidade de se dormir também em colchões extras dispostos em mesaninos, alcançados por toscas escadas de eucalipto.
Itereí ganhou notoriedade na imprensa e no meio jurídico por ter sido o motivo de uma ação propondo uma solução alternativa para o projeto de duplicação da rodovia naquele ponto, já que este originalmente previa uma segunda via distante da atual, pela parte alta dos morros, o que comprometeria sem dúvida diversos dos cursos d’água da região, além de expor áreas protegidas da mata primária à presença humana. Itereí ficaria ilhada entre as duas pistas da rodovia. A proposta alternativa prevê a duplicação ao lado do curso atual, em área já impactada.
quinta-feira, 31 de agosto de 2006
Proposta criação da Estação Ecológica de Andrade Silva
Eucaliptos com vegetação nativa no sub-bosque |
sábado, 26 de agosto de 2006
Observando Aves em Dourado
Choca-Barrada |
Com essas duas visitas e com base num levantamento parcial publicado anteriormente para a área, em tese de mestrado, o Município totalizou 204 espécies de aves, sendo que em nossa última visita detectados131 destas.
Contamos em nossa visita com a companhia de nosso amigo Jony, morador de Dourado, e grande conhecedor da avifauna da região.
Dourado situa-se ao lado direito do vale do rio Jacaré-pepira, afluente do rio Tietê.
A paisagem é formada por matas semi-decíduas, especialmente nos topos dos morros, onde se vê nessa época as árvores completamente desfolhadas, e em alguns fragmentos maiores, onde foi preservada em propriedades particulares.
Também regiões de cerrado e a mata ciliar do rio Jacaré-pepira, bem preservada. Na agricultura predomina a cana-de-açúcar, cujo cultivo tem aumentado muito na região.
Em terras preparadas para o plantio de cana vimos a seriema, Cariama cristata, que parece se beneficiar de algum modo desse ambiente.
Há também pastos com gado, onde vimos a garça-vaqueira, Bubulcus ibis.
Nos trajetos, chamou-nos a atenção uma frequência significativa do tucanuçu, Ramphastos toco.
Bico-de-agulha-de-rabo-vermelho |
Na cidade chamou-nos a atenção a presença de bandos do periquitão-maracanã, Aratinga leucophthalmus, visitando fruteiras nos quintais.
Canário-do-brejo |
Vimos também o ameaçado canário-do-brejo, Emberizoides ypiranganus, que esteve ao nosso redor por bom tempo, permitindo relembrarmos ali mesmo alguns aspectos da discutida distinção em campo dessa espécie com seu primo e também ali simpático canário-do-campo, E. herbicola.
De longe pudemos observar o coleiro-do-brejo, Sporophila collaris, em seu típico ambiente de vida, no ponto exato de uma indicação prévia de onde poderia ser visto, de nosso bem informado Jony e um pouco mais à frente, na borda da mata, um curió, Sporophila angolensis.
Coleiro-do-brejo |
Tesoura-do-brejo |
Todos nós, até o “nativo” Jony, cuja companhia recomendamos a todos que forem "passarinhar" em Dourado, ampliamos em nossas listas pelo menos um lifer, mostrando, portanto, que a excursão foi extremamente proveitosa.
Com exceção de um pequeno incidente, em que Luiz Fernando foi vítima de uma reação alérgica pela picada de uma mutuca do gênero Chrysops, tudo correu em perfeita harmonia com a natureza que, apesar do atual interesse econômico pela ampliação das áreas agricultáveis, ainda guarda ali uma interessante amostra de nossa biodiversidade ornitológica.
Soldadinho |
Texto: Luiz Fernando Figueiredo
Fotos: André De Lucca